Porto Moniz revelado: de piscinas de lava a lendas de Laurissilva no acidentado norte da Madeira
Mergulhe em piscinas vulcânicas, passeie por antigas florestas de louro e descubra como a história e a natureza se entrelaçam no canto mais selvagem da Madeira.

Bom Saber
Porto Moniz: história, piscinas e paróquias
Introdução: remota, mas essencial
Escondido no canto noroeste da Madeira, Porto Moniz pode parecer uma pacata vila de pescadores situada no fim do mundo. Não se deixe enganar: este município superou seu peso por séculos. Fundado no final do século XV por Francisco Moniz O Velho, filho do codescobridor da Madeira João Gonçalves Zarco, o povoado cresceu em torno de vales férteis e de uma dramática costa esculpida em lava. Os marinheiros encontraram abrigo no porto natural, os monges construíram capelas e os agricultores plantaram cereais, batatas e, posteriormente, videiras. Hoje, Porto Moniz é famoso por suas piscinas vulcânicas, florestas místicas de Laurissilva e vilas que parecem suspensas entre o mar e o céu. Essa brincadeira de 2.500 palavras explora a história peculiar do município, as aventuras baleeiras, as paróquias, os teleféricos e as cachoeiras, com a língua na bochecha e muito respeito pelos trabalhadores locais que vivem na “capital do norte”.
Primeiros colonizadores e capitanias
Porto Moniz não surgiu repentinamente do chão com espreguiçadeiras e cafés. A área provavelmente foi colonizada por volta do último trimestre do Século XV; Francisco Moniz O Velho estabeleceu uma fazenda e construiu uma pequena capela. Como nobre do Algarve e filho de Zarco, ele trouxe influência e trabalhadores. Esses primeiros colonizadores cultivavam grãos, criavam gado e colhiam madeira. A vida era difícil, mas a paisagem era generosa: ravinas íngremes captavam chuva, canais de irrigação (levadas) domesticavam riachos montanhosos e campos em terraços se agarravam às encostas. Durante o século 18, os colonos acrescentaram cultivo de videiras, enquanto o século XIX introduziu batatas, dando origem às dietas saudáveis da Madeira.
A vida administrativa era igualmente dinâmica. Um município foi criado em 31 de outubro de 1835 mas abolido e restabelecido várias vezes até 1898. Porto Moniz serviu de fronteira entre as capitanias do Funchal e Machico. Achadas da Cruz fica no ponto em que João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira dividiram a ilha em dois domínios. O nome da paróquia provavelmente deriva de um capela de Vera Cruz (Santa Cruz) construída no século XVI, e seu brasão apresenta uma cruz latina ladeada por dois riachos de prata. Esse simbolismo ressalta como a religião e a geografia natural definiram a sociedade inicial de Porto Moniz.
Uma fortaleza contra piratas e o aquário atual
No início do século XVIII, Porto Moniz havia se tornado próspero o suficiente para atrair a atenção indesejada dos piratas. Em 1730, os habitantes da cidade construíram Forte de São João Baptista para proteger o porto. A réplica que você pode visitar hoje é fiel à original e usa pedras recuperadas das paredes em ruínas. Foi reconstruído entre 1998 e 2000. O forte agora abriga o Aquário da Madeira, onde 12 tanques (incluindo um tanque de água salgada de 500.000 litros) exibem mais de 90 espécies marinhas nativas. Passeando por câmaras abobadadas onde antes ficavam os canhões, você encontrará chocos, peixes-papagaio e garoupas deslizando por vidros grossos — um lembrete gentil de que o oceano sempre definiu Porto Moniz.
A igreja paroquial também data desses anos de formação. A capela original de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Francisco Moniz foi destruída no Terremoto de 1748, levando os paroquianos a reconstruírem em terrenos mais altos. Hoje, o Igreja Paroquial de Porto Moniz impressiona os visitantes com seu retábulo do século XVII esculpido pelos mestres artesãos Manuel Pereira de Almeida e Manuel da Silva e um órgão de estilo barroco importado de Lamego. Apesar de sua arquitetura simples, a igreja contém duas capelas laterais com retábulos rococó e neoclássicos, testemunho da riqueza que a caça às baleias e a agricultura trouxeram para a comunidade.
Piscinas de lava: banheiras infinitas da natureza
A atração mais icônica de Porto Moniz não é nem um pouco artificial. O piscinas naturais são cavidades vulcânicas que se enchem de água cristalina do mar, reabastecida por ondas quebrando suas bordas de lava. Formada ao longo de milênios pelo resfriamento da lava, a forma única das piscinas permite circulação constante, garantindo que a água esteja excepcionalmente limpa. O complexo compreende um Solário de 3.210 m² e um 3.800 m² de área de natação até dois metros de profundidade, oferecendo amplo espaço para banhistas e nadadores. As instalações incluem piscinas infantis, playgrounds, vestiários, um bar e um posto de primeiros socorros. Espreguiçadeiras e guarda-sóis podem ser alugados, embora os habitantes locais geralmente se espalhem na lava negra ou se aninhem em fendas com cestas de piquenique. Ao flutuar em bacias naturais esculpidas pela fúria vulcânica, você entenderá por que os viajantes costumam classificar essas piscinas entre as experiências imperdíveis de nadar na Madeira.
Para aqueles que preferem aventuras gratuitas, as piscinas mais antigas estão próximas Cachalote (fora do complexo pagador) proporcionam beleza robusta. Seus contornos irregulares e as ondas giratórias do Atlântico estrelaram blogs de viagens e até rumores de um Guerra nas Estrelas filmagem. Quer os sabres de luz tenham se chocado ou não aqui, essas piscinas mostram a interação crua entre rocha e oceano que define Porto Moniz.
Caça à baleia: das lâmpadas a óleo à história
Décadas antes dos turistas remarem em piscinas de lava, Porto Moniz foi um centro da curta indústria baleeira da Madeira. Em 1940 baleeiros dos Açores trouxeram mirantes e dois barcos abertos para a Madeira. Eles construíram uma estação de derretimento de gordura (fábrica) na Ribeira da Janela e mataram as primeiras baleias ao largo de Porto Moniz em 2 de fevereiro de 1941. O óleo de baleia iluminou lâmpadas e até mesmo abasteceu carros durante a escassez de combustível da Segunda Guerra Mundial. Em vilarejos remotos sem eletricidade, o óleo de baleia continuou sendo um alimento básico na década de 1970. O trabalho era perigoso: as tripulações lançavam pequenos barcos abertos, lançavam arpões portáteis e rebocavam suas capturas para terra com força total. No entanto, a caça às baleias proporcionou uma renda vital quando a pecuária e o cultivo da videira não podiam alimentar famílias em crescimento.
O boom foi breve. Uma moderna fábrica construída em Garajau (costa sul) em 1942 retirou o processamento da Ribeira da Janela. No final da década de 1970, as baleias não eram mais caçadas na Madeira. Muitos ex-baleeiros se voltaram para a pesca, a agricultura ou a nascente indústria do turismo. Hoje só histórias e o restaurado Museu da Baleia nas proximidades do Caniçal comemoram esse período. Quando você vê a elegante escultura de cachalotes no porto de Porto Moniz, você está homenageando os homens ousados que arriscaram suas vidas em mares traiçoeiros.
Paróquias e pessoas: quatro mundos em um município
Porto Moniz compreende quatro paróquias: Porto Moniz, Seixal, Ribeira da Janela e Achadas da Cruz. Cada um tem sua própria geografia, história e tradições.
Paróquia de Porto Moniz: o centro
A 21 km² e aproximadamente 1.668 habitantes (censo de 2011), a freguesia de Porto Moniz é o maior centro populacional e sede municipal. Ocupa a faixa entre a Fajã do Porto Moniz e a Ribeira da Janela. A vila surgiu em torno da propriedade de Francisco Moniz e da capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Com o tempo, expandiu-se para incluir aldeias como Vila Junqueira, Lamaceiros, Ribeirinho, Pombais e Santa. A agricultura continua importante, mas os serviços, a hospitalidade, o turismo, a panificação, a construção e o processamento de madeira agora fornecem meios de subsistência. Os festivais homenageiam os santos padroeiros da paróquia: Santa Maria Madalena em 22 de julho, Nossa Senhora da Imaculada Conceição em 8 de dezembro e Nossa Senhora do Monte em 15 de agosto. Essas festas atraem os emigrantes para casa e enchem as ruas com vendedores coloridos de bandeirolas e ponchas.
Seixal: areias negras e cachoeiras
Capas de Seixal 29,50 km² e alojado 656 habitantes em 2011. Seu nome vem de seixo, a palavra portuguesa para um salgueiro usado para fazer barris de vinho. Os primeiros colonizadores cultivaram grãos na Ribeira da Laje, um vale fértil onde riachos eram aproveitados para moinhos. Hoje, o Seixal é famoso por sua praia de areia preta; areias vulcânicas se acumularam naturalmente ao longo da costa a leste do porto. Os visitantes podem alugar caiaques, bodyboards ou desfrutar de chuveiros e um bar no complexo balnear. Os amantes da natureza vão para o interior para Chão da Ribeira, um vale esmeralda acima do Seixal. Esta área de piquenique é dominada pela floresta Laurissilva, terraços agrícolas e um pequeno parque de churrasco. Em janeiro, os moradores se reúnem aqui para o Festa do Painel, onde carne e vegetais fervem em caldeirões gigantes e estranhos se tornam amigos em tigelas fumegantes de ensopado. A economia do Seixal combina agricultura, viticultura, comércio, hospitalidade e artesanato, como bordado e calçado.
O Seixal possui muitos pontos de interesse: a igreja de Santo Antão, piscinas naturais, um cais de pesca e, ao lado da antiga estrada costeira, o Cachoeira Véu da Noiva. Do ponto de vista Véu da Noiva, você pode observar a boca suspensa do Ribeira de João Delgado Um riacho cai em cascata por um penhasco como um véu de noiva. A cachoeira se forma onde o litoral recuou tão rapidamente que o rio mergulha direto no mar. É um cenário dramático para fotos do nascer do sol ou propostas de casamento espontâneas.
Ribeira da Janela: onde as levadas encontram o Fanal
Capas para Ribeira da Janela 19,90 km² e contado 228 residentes em 2011. A paróquia tem o nome do maior curso de água da ilha: o Ribeira da Janela. Perto de sua foz fica uma ilhota rochosa com uma fenda em forma de janela (“janela” em português), inspirando os primeiros marinheiros a chamarem o povoado Janela da Clara. Solo fértil e água abundante fizeram deste vale a “horta” da Madeira; os terraços ainda produzem videiras, feijão, batata e milho. A irrigação é fornecida por duas levadas históricas — Levada do Lombo Gordo e Levada dos Cedros. A freguesia inclui aldeias como Penedo, Casais de Baixo, Casais de Além e Casais da Igreja.
As montanhas acima da Ribeira da Janela se escondem Fanal, um dos bolsões mais místicos da floresta Laurissilva da Madeira. Aqui, com séculos de idade Árvores de azulejos (Ocotea foetens) antes da descoberta da ilha. A paisagem de Fanal está repleta de pontos de vista, uma área de churrasco e um lago de inverno formado em uma antiga cratera. Classificado como Reserva de descanso e tranquilidade junto ao Parque Natural da Madeira, convida os visitantes a desacelerar e observar a neblina se enrolar entre os galhos cobertos de musgo. Várias trilhas para caminhadas começam aqui: PR 13 Vereda do Fanal e PR 14 Levada dos Cedros atravesse pastagens onduladas e bosques primordiais. Fanal não é apenas bonita; a floresta Laurissilva atua como um reservatório natural de água, capturando umidade e alimentando as levadas que sustentam a agricultura em toda a Madeira. É um lembrete vivo do ecossistema pré-histórico da ilha.
Igreja paroquial da Ribeira da Janela, Nossa Senhora da Encarnação, foi reconstruída após uma inundação no final do século XVII. Seus retábulos neoclássicos e sua janela em arco envidraçado atraem fãs de arquitetura. As festividades incluem Nossa Senhora da Encarnação em 25 de março, Santo António no último domingo de julho e a Festa do Senhor em agosto. A atividade econômica se concentra na agricultura (especialmente videiras), produção de eletricidade (a usina hidrelétrica usa água de levada) e tanoaria.
Achadas da Cruz: teleféricos e cultura à beira do penhasco
A menor paróquia em população, Achadas da Cruz, capas 10 km² e tinha 159 habitantes em 2011. Situa-se entre a Ponta do Pargo e a Ponta do Tristão e originalmente pertencia à capitania do Funchal. Garcia Rodrigues da Câmara é creditado como o primeiro colono. A freguesia está dividida em aldeias como Achada da Arruda, Cova, Igreja, Pinheiro e outras. Os habitantes locais cultivam gado, cultivam e tecem vime. O Nossa Senhora do Livramento festival em 1 de maio enche a vila de peregrinos e música tradicional.
A atração principal das Achadas da Cruz é a teleférico descendo penhascos íngremes até a Fajã da Quebrada Nova. Construído não apenas para turistas, mas para ajudar os agricultores a transportar produtos de campos em terraços à beira-mar, o teleférico oferece vistas panorâmicas das colinas verdes e da costa norte. O passeio dura cerca de cinco minutos e opera diariamente. Da estação na parte inferior, você pode passear por uma praia de calhau ou caminhar pelo Vereda do Calhau e Vereda da Ladeira trilhas. É uma chance rara de conhecer uma comunidade agrícola isolada das estradas modernas — a única maneira de subir ou descer é por um cabo ou por uma trilha cansativa.
Caminhadas, levadas e miradouros
A topografia dramática de Porto Moniz há muito tempo exige engenhosidade. Levadas — canais de irrigação estreitos escavados nas encostas das montanhas — transportam água das encostas úmidas do norte para terraços agrícolas mais secos. Alguns se tornaram trilhas para caminhadas. O PR 15 Vereda da Ribeira da Janela (2,7 km) segue uma antiga trilha que outrora ligava a aldeia de Curral Falso (Fanal) à vila costeira. Os aldeões usavam essa rota para transportar barris de vinho e produtos pelas montanhas. Hoje, os caminhantes passam por campos de batata, batata-doce, feijão e milho e admiram casas empoleiradas em encostas íngremes. Marcadores de trilhas modernos evocam a memória de homens e mulas se curvando sob cargas pesadas.
Outro destaque é o Miradouro do Véu da Noiva na estrada costeira entre São Vicente e Seixal. A partir daqui, você pode ver a cachoeira homônima cair de um penhasco como um véu de noiva. Os fotógrafos adoram a justaposição de água branca, falésias esmeraldas e o infinito Atlântico. O ponto de vista também oferece vistas deslumbrantes de penhascos cobertos de vegetação ao longo da costa norte. Traga um poncho - o spray da cachoeira e as pancadas de chuva passageiras podem deixar você com a aparência de um padrinho afogado.
Floresta Laurissilva: o museu vivo da Madeira
Grande parte do Porto Moniz está dentro do Floresta Laurissilva, uma relíquia da floresta subtropical de loureiros que outrora cobria o sul da Europa. Fanal e Chão da Ribeira oferecem vislumbres acessíveis desse ecossistema do Patrimônio Mundial da UNESCO. Árvores de cultivo antigas (Ocotea foetens) protegem vales cobertos de musgo e capturam a neblina que escorre para os aquíferos que alimentam as levadas. Esta floresta atua como reservatório natural da Madeira, liberando água lentamente ao longo do ano. Ele hospeda pássaros endêmicos, como o foguete madeirense e o pombo-louro, que você pode ver enquanto faz um piquenique entre as vacas errantes de Fanal. Caminhar pela Laurissilva conecta você a um ecossistema mais antigo que seus ancestrais; algumas árvores têm mais de 500 anos.
O Chão da Ribeira, no Seixal, é outra joia da Laurissilva. Situado em um vale verde acima da paróquia, oferece contato com a vegetação indígena e exótica. Terraços agrícolas e galpões de ferramentas pontilham a paisagem, combinando trabalho humano com beleza natural. É também o ponto de partida para viagens de canyoning e caminhadas rigorosas até planaltos. Se você está perseguindo cachoeiras ou apenas criando apetite pela poncha, esses vales arborizados lembram por que a UNESCO declarou a Laurissilva um patrimônio mundial.
Demografia: uma população envelhecida, mas resiliente
De acordo com o Censo de 2011, o município de Porto Moniz tinha 2.711 habitantes, cerca de 1% da população da Madeira. A paróquia de Porto Moniz continha mais da metade dos residentes (1.668), seguida pelo Seixal (656, 24 por cento), Ribeira da Janela (228, 8,4%) e Achadas da Cruz (159, 5,86%). Em 2021, a população do município diminuiu para 2.517. As estimativas do Citypopulation.de mostram uma divisão de gênero de 1.169 homens e 1.429 mulheres em 2024. Os dados de idade revelam uma comunidade envelhecida: cerca de 740 habitantes tinham mais de 65 anos- A emigração para o Funchal, Portugal continental e para o exterior diminuiu a força de trabalho mais jovem. No entanto, aqueles que permanecem mantêm tradições centenárias enquanto abraçam o turismo como uma tábua de salvação. O declínio da população também reflorestou alguns terraços agrícolas, devolvendo a terra à urze, à vassoura e ao louro rastejante.
Economia: da agricultura e artesanato ao turismo
Durante séculos, Porto Moniz dependeu da agricultura e da pecuária. Cada paróquia se especializou: o Seixal produziu vinho, frutas e vegetais; Achadas da Cruz teceu cestos de salgueiros; Ribeira da Janela colheu madeira e videiras; Porto Moniz cultivou plantações e construiu artesanato. A agricultura continua importante, mas a diversificação econômica se tornou essencial. Depois que a indústria baleeira entrou em colapso, os habitantes locais encontraram emprego em hotéis, restaurantes e serviços de turismo. As piscinas naturais, o aquário, o forte e o teleférico atraem milhares de visitantes todos os anos, apoiando acomodações e lojas de souvenirs. As estatísticas do governo indicam que o turismo residencial cresceu devido à tranquilidade e à baixa densidade populacional de Porto Moniz (32,7 habitantes/km²). Algumas famílias operam Casa do Povo cooperativas, vendendo produtos de mel, poncha, bordados e rattan.
Festivais e tradições
Porto Moniz pode ser pequeno, mas seu calendário está lotado. Cada paróquia organiza festivais religiosos anuais em homenagem aos santos padroeiros. Na freguesia do Porto Moniz, Santa Maria Madalena (22 de julho) e Nossa Senhora da Conceição (8 de dezembro) desenhe procissões e música folclórica. Seixal comemora Santo Antão em 17 de janeiro e o Santíssimo Sacramento no penúltimo domingo de agosto. O calendário litúrgico da Ribeira da Janela inclui Nossa Senhora da Encarnação (25 de março), Santo António (último domingo de julho) e o Festa do Senhor (segundo domingo de agosto). Achadas da Cruz homenageia Nossa Senhora do Livramento em 1 de maio. Além dos eventos religiosos, os habitantes locais realizam o Semana do Mar Festival (Semana do Mar) a cada verão com regatas, shows e uma grande feira de frutos do mar; o Festa do Painel em janeiro, no Chão da Ribeira; e comemorações da caça às baleias que homenageiam arpoadores do passado.
Teleféricos, falésias e praias de calhau
A topografia íngreme de Porto Moniz significa que aldeias se agarram a penhascos e terraços descem em cascata até o Atlântico. O Teleférico das Achadas da Cruz, construída para conectar os agricultores com seus campos na Fajã da Quebrada Nova, agora emociona os turistas. O passeio de 5 minutos oferece vistas panorâmicas das colinas verdes e do litoral e ressalta como os habitantes locais são engenhosos em navegar por paisagens verticais. Na parte inferior, você encontrará chalés de pedra e terrenos agrícolas acessíveis apenas por este cabo ou por trilhas íngremes. Para os obstinados, o Vereda do Calhau e Vereda da Ladeira trilhas oferecem escaladas desafiadoras até o penhasco — lembre-se de que os agricultores costumavam carregar cestos de inhame e cestos de uvas pela mesma rota.
Em outros lugares, o Cais de pesca do Seixal e piscinas naturais fornecem vislumbres da vida marítima. Os pescadores ainda lançam linhas nas saliências de basalto, enquanto as crianças perseguem caranguejos nas bacias de maré. Em Achadas da Cruz, há uma pequena praia na base do teleférico, perfeita para pular pedras e ver o sol se pôr atrás da ilhota Ilhéu Mole. E ao longo da estrada costeira, pontos de vista dramáticos como Miradouro da Santa e Ponta do Tristão (o ponto mais setentrional da Madeira) oferece assentos na primeira fila para as tempestades do Atlântico.
Educação e ciência: o Centro da Ciência Viva
Porto Moniz não tem tudo a ver com natureza e história; também nutre a curiosidade. No calçadão à beira-mar fica o Centro de Ciência Viva, um centro de ciências administrado pelo município. Faz parte da rede nacional de centros de “Ciência Viva” de Portugal e hospeda exposições interativas sobre astronomia, geologia e ecossistemas da Madeira. O permanente Laurissilva — Patrimônio Mundial da UNESCO A exposição permite que visitantes de todas as idades explorem a flora e a fauna endêmicas da ilha por meio de exibições práticas. O centro inclui uma sala polivalente e um auditório para conferências, tornando-o um centro cultural para residentes. Os ingressos combinados permitem a entrada no centro de ciências e no aquário. É uma atividade ideal para dias chuvosos quando as tempestades do Atlântico atingem a costa norte.
Conclusão: beleza e resiliência atemporais
Porto Moniz pode estar isolado por falésias e pelo oceano, mas está na encruzilhada da história, da natureza e do turismo moderno. De De Francisco Moniz Fazenda do século XV e o forte de 1730, construído para repelir piratas nas cintilantes piscinas de água salgada e no teleférico que transportam visitantes do século 21, o município se adaptou sem perder a alma. O Floresta Laurissilva continua fornecendo água, ar puro e paisagens de contos de fadas, enquanto paróquias gostam Ribeira da Janela e Seixal equilibrar a agricultura com o ecoturismo. O declínio da caça às baleias e a queda da população podem ter significado o fim, mas Porto Moniz se reinventa por meio de festivais comunitários, museus de ciências e trilhas de aventura. Se você estiver tomando poncha depois de um mergulho nas piscinas naturais, vagando por florestas nebulosas ou andando de teleférico até uma praia isolada, Porto Moniz vai deixar você maravilhado, divertido e talvez um pouco apaixonado pelo norte selvagem da Madeira.
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